Neste domingo (21), um grupo de mais de 48 pessoas, incluindo crianças, realizou a caminhada pela Trilha Pirá-Brasília na Candangolândia. A concentração foi às 8h da manhã, no Parque Ecológico e Vivencial da Candangolândia, com um café da manhã e orientações sobre a atividade. Foram 4,5 quilômetros percorridos totalizando uma hora e meia.
A ação foi realizada pela Administração Regional da Candangolândia, com organização dao Grupo Caminhadas Brasília (GCB), COMDEMA (Comissão de Defesa de Meio Ambiente da Candangolândia) e o Grupo Escoteiros 16º DF.
O GCB apresentou uma prévia do número de pessoas de 18 dos 26 parques que participaram da caminhada: Península Sul/ Asa Delta- 28; Bernardo Sayão 13; Burle Marx 26; Jardim Botânico 28; Pirá-Brasília 48; Ermida Dom Bosco 15; Jardim Botânico 32; Águas Claras 15; Ponte Alta 15; Ceilândia 17; Bosque dos Constituintes 2; Asa Sul 8; Taguaparque 19; Vivencial do Lago Norte 3; Garças 13; Pedras dos Amigos 13; Flona 32; PNB 35. Os números apontam que até o momento, a Trilha Pirá-Brasília teve o maior número de caminhantes.
Para a Administração o objetivo maior da caminhada foi "movimentar mais a cidade, além de fazer bem para a saúde e poder encontrar amigos".
Segundo a presidente do COMDEMA, professora Rosane Marques, a ação não foi apenas uma caminhada ecológica, mas uma forma de fazer a comunidade conhecer sobre a origem da sua cidade. “Temos uma grande riqueza natural. Então juntamos o percurso com uma memória histórica. Que a gente crie um hábito de fazer mais trilhas, que a comunidade se aproprie”.
Durante o percurso, os participantes puderam conhecer a história da construção de Brasília, enquanto passavam por pontos históricos. Um deles foi a Olaria, de onde saíam parte dos tijolos que deram consistência aos sonhos de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, na construção de Brasília.
Em seguida houve uma parada no espaço onde funcionou a Primeira escola pública de Brasília, que levava o nome da mãe do presidente Juscelino Kubitschek, Júlia Kubitschek. Ela ficava próxima dos acampamentos dos candangos, para que os filhos dos operários pudessem estudar.
Outro ponto visitado foi a igreja de madeira São José do Operário, onde foi celebrada a primeira missa em local fechado em Brasília. O templo foi erguido em 1960 para acolher a fé dos pioneiros e foi tombado em 1998 como Patrimônio Cultural do DF.
Uma das curiosidades citadas ao longo da caminhada, foi o fato de a data do aniversário da Candangolândia ser comemorada no mesmo dia do início da construção da Capital Federal, 3 de Novembro de 1956.
Um ponto que deixou os caminhantes admirados foi o 1º cofre de Brasília (Caixa Forte), que fica na parte subterrânea da Biblioteca Pública da Candangolândia. O espaço foi inaugurado em 1957 e era usado para guardar documentos e o pagamento dos servidores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). A Novacap funcionava onde hoje, está a sede da Administração.
Os participantes passaram pela Praça dos Estados onde estão as bandeiras dos estados brasileiros. O local registra a passagem de trabalhadores que chegavam de todos os estados do Brasil. Lá a população se reúne para eventos oficiais.
Por último, o grupo visitou o Batalhão de Polícia Ambiental da Candangolândia, onde funcionou o primeiro Núcleo de Custódia (prisão).
Ao final da Trilha, o grupo se despediu no espaço dos Escoteiros com o sentimento de missão cumprida.
“Esperamos poder fazer essa ação mais vezes. Que vire rotina aqui na nossa cidade. Vamos valorizar o nosso cinturão verde”, declarou o novo presidente do Grupo Escoteiro, Marcos Moreira.
TRILHA PIRÁ-BRASÍLIA
Inaugurada em Outubro de 2017, a Trilha surgiu de uma pesquisa de doutorado da UNB, da bióloga Rosane Marques, para enaltecer a importância da espécie endêmica do peixe Pirá-Brasília, descoberta da década de 1950, no córrego Guará, pelo zoonaturalista José Buitoni. A espécie, que chega a medir 5 centímetros na fase adulta, encontra-se na lista dos peixes ameaçados de extinção.
Ascom: Denubia Amorim
Administração Regional da Candangolândia
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BRASÍLIA - DF